segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Tragédia. Horror



Só por si, a trágica notícia do afundamento do Costa Concordia leva qualquer um a nutrir sentimentos de angústia e de terror, só de pensar no que todos aqueles passageiros e tripulantes passaram. Juntando a isso o facto de eu própria ter viajado nesta companhia, num barco igualzinho, à pouco mais de três meses, faz-me pensar muito na vida e em como realmente tudo se resume a uma simples passagem.

Nada fazia prever o acontecimento. Nada fazia prever que umas simples férias acabariam assim. Nunca nada nos faz pensar que uma coisa destas pode realmente acontecer, mas acontece. Tenho muita pena de todos os que sonhavam com os dias que se seguiriam, ou simplesmente daqueles que iriam iniciar apenas mais uma semana de trabalho. Compreendo, na sua plenitude, o horror e o pesadelo que passaram naqueles instantes entre o estar bem e o afundar do barco, porque se na minha Lua de Mel o barco levou com ondas de cerca de sete metros de altura que o faziam oscilar uns bons metros para cada lado e senti-me completamente impotente perante a monstruosidade de água que nos rodeava, sentir na pele o que aquelas centenas de pessoas passaram é certamente indescritível.

Rezo pelos que partiram e pelos desaparecidos. Peço pelos que sobreviveram.


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