Se vou ao supermercado ouço que está mau e que temos que apertar a carteira, se vou ao cabeleireiro ouço que está mau e que não sabemos onde vamos parar, se vou ao restaurante vejo as pessoas a lerem o cardápio umas quinhentas vezes e muitas delas até o viram de "pernas para o ar" para verem quantias mais baixas...
Agora que me vejo cada vez mais perto do precipício, dou comigo a fazer uma ginástica brutal no meu cérebro para não antecipar o medo e as [grandes] preocupações que se avizinham.
Tenho medo, muito medo, confesso.
Talvez daqui a uns tempos seja eu a queixar-me no talho ou no cabeleireiro... talvez sim ou talvez não. Sei que sou uma mulher de garra e de muitos sorrisos e se há coisa que sei, é que não vou baixar os braços.
Enquanto espero, continuo a trabalhar [o pouco que há] e sorrio como se nada fosse.
A vida só me pode dar sorrisos de volta, quero acreditar!
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