terça-feira, 18 de outubro de 2011

Das [longas] amizades


Há uns dias uma grande amiga de infância, daquelas que realmente nunca saíram da nossa vida apesar dos diferentes percursos que somos obrigados a tomar, ligou-me para falar das incertezas e dos medos que está a ter em relação ao trabalho e ao início da sua carreira.

Começou por perguntar se é normal estar 24 sobre 24 horas nervosa e inquieta a tentar mostrar na empresa onde trabalha tudo o que sabe e o que não sabe. Pois bem, se nos tempos das "vacas gordas" já era normal os jovens quererem mostrar trabalho, ser responsáveis e subir na vida, hoje em dia é mais do que normal todos termos receio no início de uma carreira. Queremos acima de tudo que os nossos superiores vejam em nós pessoas trabalhadoras e que não falham, quando na realidade todos falhamos e todos queremos precisamos ter os nossos momentos de "dolce fare niente". Na realidade só o tempo, a dedicação e principalmente a ambição é que nos caleja e faz com que acreditemos muito mais em nós próprios e no nosso trabalho.

O problema [ou não] S. é que tu és como eu! Somos muito ambiciosas e não queremos fazer apenas aquilo para o qual fomos destinadas, queremos fazer sempre mais e acima de tudo nunca desistimos, mesmo que a vida nos ande sempre a tombar. E foi por isso que me ligas-te, porque estes 27 anos a crescermos juntas fizeram-te ver [e a mim também] que apesar de seguirmos percursos paralelos a distância entre as rectas das nossas vidas é relativamente curta.

Fico feliz por saber que ainda há amigas para a vida.

2 comentários:

Susy disse...

Obrigada amiga!

Maria disse...

Não tens nada que "obrigadar" :) é a verdade!!!